Já havia um ano um ambiente tenso no escritório. Depois de março do ano passado, tudo mudou no mundo e vários projetos também foram paralisados ​​em nossa empresa. A princípio pensamos que seria uma questão de alguns meses, mas logo percebemos que o problema iria durar muito tempo. Mas ninguém pensou que fosse durar tanto tempo. E quando outras empresas do mesmo setor começaram a reduzir o quadro de funcionários, a tensão ficou evidente no escritório.

Mas temos suportado sem redução durante esses meses. Tivemos algumas baixas voluntárias e algumas aposentadorias antecipadas, mas o expediente de Regulação de Emprego não foi necessário, um extremo que ninguém queria alcançar. O problema é que neste escritório estávamos acostumados a muito trabalho. É engraçado, porque sempre reclamamos do excesso de trabalho, mas quando de repente você pode demorar para fazer as coisas, é como se você não soubesse mais trabalhar com um pouco mais de calma. Sem dúvida, esta situação fez com que valorizássemos mais o nosso trabalho.

Mas quando soubemos por um de nossos chefes que a situação estava mudando um pouco de novo, ficamos todos felizes. Surgiram novos projetos, como o da Geotermia Braga, além de recuperar alguns antigos. E pela primeira vez percebi que sinto que faço parte desta organização. Sempre fui um pouco cauteloso quando se trata de mostrar meu «amor» pelas empresas das quais fiz parte. Afinal, os funcionários devem saber onde está o nosso lugar e não é aconselhável estreitar muito o relacionamento com uma empresa, até porque aí vêm os problemas. Não acho que uma empresa seja como uma família, mas acredito que essa situação me ensinou a contribuir um pouco mais.

Quando vi que outras empresas estavam demitindo pessoas e que a força de trabalho continuava aqui apesar da situação, me fez olhar para o meu trabalho de uma forma diferente. Agora estou integrado no projeto Geotérmico Braga e nunca entrei em um projeto com tanto entusiasmo. Você pode dizer que todos nós precisamos voltar a trabalhar seriamente de uma vez.