Existem muitas maneiras de viajar e sempre fomos prudentes até que nos últimos anos mudamos nossa «tática». Em vez de preparar viagens longas e complicadas durante meses, começamos a improvisar viagens mais curtas e baratas, mas também mais comuns. Depois de alguma desilusão no passado devido a cancelamentos que nos levaram a perder um bom dinheiro (e muitas ilusões) numa viagem que há muito planejamos, decidimos mudar a nossa abordagem.
Mas improvisar não significa fazer as coisas sem pensar. Pelo menos para nós é um meio termo. Por exemplo, se vamos fazer uma viagem de carro, não hesitamos em reservar os parques de estacionamento de Cádiz, como aconteceu na nossa última viagem. Dependendo do destino, é muito difícil estacionar, por exemplo, próximo a um calçadão, e ter uma vaga previamente ocupada é uma grande vantagem. Alguns viajantes consideram que o preço não vale a pena, mas quando chegam ao destino se arrependem do tempo e esforço necessários para encontrar uma vaga de estacionamento que acabam pagando. Por que não gastar cinco minutos preparando-o?
É isso que queremos dizer quando dizemos que gostamos do meio termo quando viajamos. Improvisamos mais o destino no sentido de não demorarmos meses a preparar tudo. Por exemplo, queríamos viajar para o sul quando o tempo começasse a ficar ruim porque queríamos fugir da chuva. Não somos grandes fãs de guarda-chuvas e do frio, mas no final moramos onde trabalhamos. É por isso que um fim de semana no sul é como recarregar as baterias. Mas não improvisamos alguns detalhes como a reserva dos parques de estacionamento de Cádiz porque sabemos que esses «detalhes» podem prejudicar a viagem.
E acreditamos que com esta nova abordagem voltamos a gostar de viajar. Depois de alguma desilusão que veio acompanhada da proibição de viajar com o vírus, descobrimos agora uma nova forma de descobrir (ou redescobrir) o mundo sem tantos gastos e tantos meses de preparação.